davidb

quinta-feira, julho 29, 2004

O Endosso divino.

Primeiro o céu, depois a terra. Por fim, o homem e sua razão. Como explicar há 40.000 anos atrás os fenômenos da natureza? Atividades desconhecidas, inexplicáveis. Fugiam do entendimento. Forças muito poderosas, nao digeríveis. Talvez a natureza enfurecida com o homem. Deus! A resposta para o inexplicável. Deus do trovão. Deus da chuva. Deus do Sol. Deus. A resposta. O respaldo. O homem evolui em corpo e mente. O inexplicável o persegue. Os hebreus são aprisionados no egito. Amenofis IV, antecessor de Tutankamon, sofre pressão do povo. O sacerdócio tem mais poder que o faraó. Separa o estado dos sacerdotes. Decide, por assim dizer, que a partir daquele dia a religião oficial do Egito seria o monoteismo. Ele juntou a responsabilidade de todos montes de deuses numa única entidade. Deus. Onipotente e soberano. O tempo passou. O monoteismo se propagou pelos hebreus. Veio o Judaismo e outras relogiões arcaicas monoteistas. Nasceu Jesus. Nasceu Maomé. A cultura perdurou. A confusão entre a ideologia racional humana e o inexplicável divino. Nasceu Cristianismo, Islamismo e mais montes de vertentes. Deus, sempre a resolução do inexplicável. A responsabilidade por tudo e todos. O grande patrão. O império da igreja. O grande negócio. Tudo conspira.
Budismo, Hinduísmo, Xamanismo, entre outras. Cada um escolhe pra si aquele Deus que mais estabelece harmonia entre o inexplicável e a sua carência. Afinal, é muito mais confortável explicar tudo em quem a gente não conhece, o Deus, do que pôr a razão pra funcionar. O homem só existe para a natureza. Se quiserem chamá-la de Deus, amém!

sexta-feira, julho 23, 2004

Multi-faces




ilustração digital: david casan


Quantas existem dentro de você? Você já pensou sobre isso? Concluiu?

quinta-feira, julho 22, 2004

Felicidade




foto: david casan


Felicidade, fisicamente, não é muito explicável. São diversas sensações agindo simultaneamente. Ansiedade, medo, conforto, e tantas outras. A felicidade torna as pessoas de certa maneira vulneráveis. Em estado total de felicidade, há uma espécie de vazio onde a única coisa que existe é aquele momento específico. Perde-se a noção de tempo e espaço. A percepção do mundo exterior se esvai. Enfim, eu definitivamente não consigo explicar sentimentos, mas adoro tê-los.

quarta-feira, julho 21, 2004

Identidade




foto: luiz carlos lhacer

Um vista.

Aquariano


As pessoas que nascem nessa época do ano terão que integrar às suas vidas a contradição interna que marca o destino dos aquarianos. Ricos ou pobres, bonitos ou feios, inteligentes ou burros, todos guardarão dentro de si uma centelha de rebeldia, uma curiosidade universal e um fascínio pela passagem do tempo.
Aquário é regido por dois planetas que, em primeira instância, parecem antagônicos. É o espaço do céu que Saturno, o deus do tempo e dos limites, tem que dividir com Urano, o senhor do caos e da liberdade. Desse encontro de gigantes podem nascer pessoas diferentes, até mesmo opostas.
Se a força maior é de Urano, aparecem os revolucionários, os subversivos, com tendência a recriar o novo. Como Mao Tse Tung em relação à China, Cristian Dior e a alta costura, Mozart com a música, ou James Joyce com a literatura. Querendo ou não, os aquarianos desse tipo têm um encontro marcado com uma revolução. Se não estiverem ao lado dela, serão vítimas dela, como Luiz XVI, o rei que acabou na guilhotina.
Quando o peso maior é para Saturno, aparecem os aquarianos dedicados a conservar e reorganizar tudo o que o tempo traz. Colecionadores, historiados, cientistas, ou ditadores. A psique dos que nascem neste signo oscila entre a contestação e a ditadura.
Entretanto, todos têm uma coisa em comum: a necessidade de fazer parte de um grupo, mas participando dele como uma pessoa independente.
Por causa da influência de Saturno, os nativos deste signo sabem que, sob um determinado ponto de vista, todos os homens são iguais, mas, por causa de Urano, eles têm, ao mesmo tempo, a consciência de que nunca haverá dois homens iguais sobre a Terra.
O destino dos aquarianos é passar de Saturno a Urano. É sair do passado rumo ao futuro, sem se deter no presente. Para eles, o presente não existe.

Texto extraído da internet.

segunda-feira, julho 19, 2004

Epilogo da Ideia Original

A maior vantagem de renascer é que quando isso acontece, você tem o privilégio de carregar todo conhecimento que já tinha absorvido antes.
Quais as suas opiniões sobre você mesmo? Você tem uma idéia totalmente formada com relação ao seu caráter? Você sabe exatamente o que você quer?
A coisa mais intrigante da idéia original é saber que por mais que o homem pense sobre si mesmo; em sua existência em si e nos outros, a conclusão sempre será tendenciosa. Se um ser se julga, será dentro do empirismo por ele adquirido. As conclusões que se tiram de sí são uma resposta analítica delimitada por graus de entendimento subjetivos. Feitos externamente. Quando alguém pensa sobre si mesmo, analisa essa pessoa como um ser exterior. O tamanho da atingibilidade da sua consciência se limita ao tamanho do próprio empirismo. Se ver como julgador, tende. A forma como o homem define o certo e o errado se transforma no tempo. O convivio social estabelece principalmente a noção de bem e mal, o certo e errado, o verdadeiro e falso contidos em cada parte do universo. A verdade, o certo e o bem, hoje, são completamente afetados pelo tempo. Uma espécie de erosão social. Se o conceito muda, o homem muda. O homem muda, o conceito muda. Até um ponto, as intersecções das idéias de cada indivíduo formam um senso comum. O que se pode contar, é que esse universo comum entra em atrito consigo mesmo pelo fato da mutação constante entre os componentes da sua integridade ideológica. Várias frentes de idéias lutando entre si para definir qual idéia é a idéia mais certa. Quando essa idéia é certa? Existe a infinitude do tempo, ou a sua inexistência para que essa idéia perca ou ganhe sentido e aceitação. Imagine que tudo isso e muitos outros modificadores exercem força em tempo integral na mente do homem. Como ele pode tirar conslusões de si mesmo se dentro da sua própria mente as idéias não são infalíveis? O que se pode tirar, e é o que acontece, é o fato do homem ter uma noção breve da sua realidade mediante conhecimento empirico, uso dos sentidos e a racionalidade. E é através dessa linha de raciocínio que esse homem, depois de absorver suas idéias de si, usa esse parâmetro como comparativo para definir idéias e noções sobre o outro. Alguém só se diz feliz se já experimentou felicidade. Da mesma forma só pode, por conseguinte, dizer se o outro está feliz quem experimentou felicidade, e essa idéia de felicidade individual cria a assossiação entre a noção própria de felicidade, e o comparativo da felicidade do outro. A necessidade de viver a circunstância é essencial para a determinação de parâmentros comparativos entre si e os outros. E com o passar do tempo o homem adquire cada vez mais uma noção diferenciada da realidade. Certa ou errada, ainda não se sabe. Mas se modifica e isso já é de bom grado!

segunda-feira, julho 12, 2004

As cores dos cinzas




davidcasan


Cinza e cinzas. As cinzas sempre tiveram uma conotação de desfecho. O fim. Mas e todo o resto que começa nas cinzas? O que elas são capazes de produzir na natureza? Cinza por preto e branco, luz e escuridão, sim e não. Dúvida? Não! Cinza define. Incerto ou não é um recomeço. Talvez colorido...

segunda-feira, julho 05, 2004

Atos de fé

As novas idéias são idéias velhas. No decorrer dos dias, cada fração de segundo vira um novo pensamento. Em cada cor, cheiro, gosto, textura e som, uma nova experiência. Uma aglomeração de informações instantaneamente subdivididas em categorias. Uma maçã. Você a vê, reconhece a fruta, lembra o gosto e todas outras características primárias ou secundárias (Locke). Cada pessoa, inevitavelmente terá uma nocão parecida da maçã, mas ninguém a verá igualmente.
A limitação do homem começa nos seus sentidos que, além de serem limitados em sua amplitude, limitam também em observar e absorver informações do todo, sem que nem saibamos quais sejam. Os "atos de fé" (orações, meditações, drogas). Ao longo da história, cada um utilizou à sua maneira uma forma particular de conversar com Deus, ou como chamo, uma ampliação racional inatingível em sã consciência. Nesse grau de entendimento paralelo ocasionado pela força dos "atos de fé", as noções de espaço e tempo são distorcidas. As motivações individuais são genericamente diferenciadas. A linha de raciocínio, as atitudes, as conclusões. As questões individuais partidas da "idéia original". O empirismo inglês como estrutura. A princípio, se um homem tem a idéia de si mesmo como ponto de partida tangente para o julgamento de algo, secundariamente este juri é tendencioso, já que as limitações inerentes à nossa razão e sentidos influenciarão direta e totalmente no processo. Essa fuga biológica do estado psicológico estimulada por agentes externos no organismo, os "atos de fé", produzem no homem uma negociação direta entre o universo e o desconhecido, em virtude de um estímulo químico, psicosomático ou não. Esse estímulo propcia a abertura racional estrita entre a entidade-ser e o universo. A percepção se volta à procura de sensações inéditas. A busca de fé faz do homem-entidade-ser a conexão mais rápida entre a organização dos seus sentidos e razão, com as possibilidades intangíveis. É possível dizer também que essas modificações sensoriais não passam de distorções, porém, distorção ou não, a única coisa que se pode afirmar é que, por alguma razão, a maneira como as coisas fluem se modifica naquele intervalo específico de tempo. E essa esperiência é infinita. O espaço de tempo em que a razão do homem se modificou sempre existirá. Essa idéia nova da realidade concebida passa a fazer parte do universo, e esse empirismo cria meios de que a atingibilidade seja cada vez mais suscinta.

sexta-feira, julho 02, 2004

Ato III - Consistência

As presunções cotidianas sobre idealismos, contemporaneamente, ilustra com facilidade a forma como o ciclismo paradoxal das circunstâncias afeta de fato a relação direta da "idéia original". A idéia de si mesmo. As vivências, os livros, enfim, as experiências particulares são o único acervo diretamente relacionado a essa dedução. Soluções pragmáticas para eventos oníricos. Plausibilidade.
O conhecimento empírico que se responsabiliza em totalidade sobre a maneira como determinamos a "ideia original". O conjuntos de definições e características que uma entidade-ser tem de si mesmo, só se agrega substancialmente às suas autenticas reflexões, derivados de experiências conhecidas; do empirismo exercido individualmente. A idéia da própria entidade-ser só pode conter informações empíricas, por outro lado, as características pessoais que fogem da sua racionalidade concebida e experimentada, não pertencem à existencialidade e nem na ideia original, porém em outros universos infinitos individuais, elas se co-relacionam paradoxalmente uma com a outra. Um bom exemplo disso é um trecho extraido de Donald Davidson "Todos os eventos mentais são causalmente relacionados a eventos físicos. Por exemplo, as crenças e os desejos motivam os agentes a agir e as ações causam mudanças no mundo físico. Eventos no mundo físico freqüentemente nos motivam a alterar nossas crenças, intenções e desejos".
Todos esses eventos ciclicamente alteram a cumplicidade da "idéia original". A consistência experimental do ser-entidade, tanto física quanto mental, define substancialmente a forma idealística genuína. Pensamentos tendenciosos. Irregulares. A distorção do universo sobre nossa mentalidade.

quinta-feira, julho 01, 2004

Ato II - Permutando o próprio prazer

Resumidamente, Epicuro divide a vida em duas partes, duas sensações específicas que interagem e afetam uma a outra; prazer e dor.
A constante busca pelo prazer para aliviar a dor. A ausência de um é, obrigatoriamente a presença de outro. A simplicidade da busca individual pelas sensações, situações e coisas que trazem satisfação é a base dessa divagação. A pergunta é "até onde a busca individual por prazer ultrapassa a tênue linha do egoísmo"?
A partir do princípio da integridade particular. Uma vontade exerce força, ou seja, o metafísico, em dado momento se materializa gerando uma ação. A substância inerente ao ser humano, sua consciência, estabelece um vínculo direto entre seus pensamentos não materializados, com as vontades físicas. A vontade de andar materializa os pensamentos em movimentação.
Uma idéia pode ultrapassar a barreira da individualidade. Além do processo de materialização dos pensamentos, esta idéia tem ainda a capacidade de materializar outros universos particulares. A socialização das idéias criou conjuntos de universos distintos. Várias pessoas convivem e trocam informações entre si, porém cada um deles tem uma visão do universo. Cada um dos pensamentos é autêntico e privativo. Não esta passivo a discução. As intersecções entre esses universos são um mínimo pedaço de semelhança diante de toda massificação de idéias geradas por todos universos genuínos de cada ser humano.
Cada sem humano tem autoridade plena sobre sua integridade física e moral. Uma idéia externa, de um outro universo, tem poder de influenciar a regência direcional do comportamento alheio. Dessa forma, a individualidade é autoridade máxima. Um pensamento, uma vontade, ou uma idéia que propositadamente interfere na integridade das vontades do outro universo é uma atitude invasiva. Suscintamente posso afirmar que o egoísmo na verdade é a "idéia original" transmutada no próximo. A idéia que reafirma uma vontade sua no outro. O desejo de que sua vontade ultrapasse os limites das vontades inerentes ao próximo. O excesso de busca individual por prazer é uma interferência intrínseca e privada. Não afeta, não prejudica, nem interfere nas idéias externas. A digestão das vontades exteriores são a representatividade da sublimação do respeito.