
quinta-feira, outubro 27, 2005
Quando um velho.
Já não há ninguém para ouvir minhas histórias.Isso faz de mim um nada, uma coisa imprestável. Afinal de contas, o que somos senão um amontoado de vagas histórias misturadas e confundidas entre si?
Eu fui criança. Brinquei como todas. Às mesmas maneiras, costumeiramente igual a elas. Depois cresci e me tornei um adolescente paquerador. Tinha um talento vívido para conquistar as mulheres, alias acho que esse mérito ainda me é pertinente, mas não tenho porquê exercitá-lo. Trabalhei em diversos lugares. Conheci pessoas e pessoas. Vivi incontáveis histórias de riso, e algumas tragédias também. Casei, fiz filhos e meus filhos fizeram de seus filhos meus netos, a quem devo minha alegria ainda presente de viver. Mas minha história está se acabando. Hoje eu velho e solitário, num futuro muito próximo sem vestígios da minha existência. Eu fui só mais um dentre todos nós. Sem destaque especial, sem grandes conquistas, sem fama e nenhuma nova surpreendente descoberta. Vivi como me foi possível. Construí uma família, um lar e criei vidas para ouvirem minhas histórias. Para que eu não acabe quando morrer, pois hoje não tenho grandes assuntos a patilhar com o mundo. Apenas as coisas de que pude fazer parte no passado e minhas experiências frustradas e bem sucedidas. Tento me contentar com isso.
É tudo que se tem quando um velho ordinário. Quando um velho.
apenas um velho em seu pequeno mundo? dentro de seu pequeno mundo, bairro, família, amigos, com certeza foste um grande homem! muito lembrado, importante, renomado e querido. é o q importa. porém dentro do grande mundo planeta Terra, apenas mais um. Einstein tem toda a razao. tudo é relativo
escreva um livro...
O legal de ter pessoas como o David no meu convívio (mesmo que meio distante), é que ele consegue transpor em palavras, coisas que eu fico pirando mas não consigo organizar as idéias para me expressar, muito foda esse texto cara!!! vc não sabe o qto ilucidou várias viagens minhas!!! Abraço Te Amo Cara!