davidb

quarta-feira, junho 30, 2004

Ato I - A idéia original

A própria imagem do ser não é sua verdadeira imagem. A imagem de si é feita em terceira pessoa. De fora, pra dentro. Os detalhes e a essência se comparam de forma subjetiva e, dessa forma, tendem a estimular ou não certas funções psicológicas, ou mesmo pode alteram o grau de percepção do indivíduo com relação a si mesmo. Sob o efeito de drogas, é nítida a sensação do descobrimento de si e por si mesmo. Um elo entre os pensamentos introspectivos, e a representação destes pra si próprio; num outro conceito comparativo. Como sonhos, certos atributos tem total coerência, ainda que não seja racional, como voar ou falar com Deus. De outra forma, acordando, o indivíduo racionalza os pensamentos. Automaticamente veta a imaginação, e seguimenta os acontecimentos em possíveis e não possíveis. O grau de entendimento do ser humano é limitado. Dentro dos seus parâmetros, o indíviduo se compara a si mesmo, para então poder existir e, dessa forma, comparar todo o resto. O ser tem uma ideia tola.

Belo, bom e verdadeiro. Eternamente.

Quando eu era garotinho, mais ou menos uns 12 anos, eu me apaixonei por uma garota do colegio. Ela se chamava Paloma. Seus cabelos eram pretos e lisos. Sua pele bem branca. Ela estava na 8a serie. Ela era da turma dos formandos, e eu, quase dos novatos. Todos os dias ela me servia de incentivo. Desde crianca sempre odiei acordar. Nao gosto dessa parte do dia, mas naquela epoca, eu gostava. O simples fato de saber que, naquele colegio, as 10:20h eu a veria, ja me injetava disposicao. Algumas vezes durante a semana eu passava em frente a casa dela, mas nunca a vi nem na rua sequer.
E foram assim todos os dias ate a ultima semana de aula. Nos ultimos dias de colegio, as meninas da 8a serie estavam muito excitadas. Partiriam pra uma vida nova, escola nova, garotos, garotas, pessoas desconhecidas. Tudo era motivo de festa. As garotas da sala da Paloma fizeram apostas, e cada uma tinha uma tarefa. A de Paloma era me beijar. Todos no colegio sabiam que eu era apaixonado por ela. Ela me beijou. Um beijo breve, silencioso e sintetico. Mas foi um beijo da Paloma. Um instante unico. Um momento nobre. Um encontro entre Platao e Aristoteles. Minha eterna alegria.

Sophia - O lado feminino de Deus

Descartes;
"Cogito, ergo sum".

Dito latino barroco;
"Momento mori".

Francis Bacon;
"Saber é poder".

Kierkegaard;
"A minha verdade".

Termos

Aqui, só as minhas verdades. Verdades explícitas e explicitadas.