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quarta-feira, agosto 31, 2005

A Epopéia de Cido

Quem dera vocês todos tivessem conhecido o Cido. Isso mesmo. A fonética chega a ser ridícula, mas a intensão aqui, na verdade, é prestar papel de ridículo. Passar-se por um completo idiota. Convencido de que isso é o que as pessoas fazem com as pessoas o tempo todo. A epopéia do Cido é um epílogo claro, convicto.

Cido tem vinte e seis anos. Estuda numa excelente universidade. Ele vem duma familia tradicional do interior de São Paulo. Dessas que são tradicionais só lá no interior mesmo. Mas Cido é um cara muito grandalhão. Mais de 1,90m, mãos enormes. Isso dá a ele aquela conhecida pseudo-superioridade típica de quem é grandalhão. Chega a ser ridícula, misturada ao seu desengonço singular. Deixa-me contar logo a porra da história senão ninguém lerá este conto. Internet é uma merda por isso. Passou de uma lauda, virou bíblia.

Cido tem uma espécie de namorada. Digo uma “espécie” porque essa “espécie” de namorada do Cido tem um namorado em outra cidade. Confuso? Já explico. Iara vem de uma outra cidade também no interior de São Paulo. Lá nessa cidade vive a sua família e seu namorado, Jeff. Todos os finais de semana ela viaja até Piracicabana do Oeste para encontrar seu namorado (noivo), e sua família. Durante a semana, ela estuda na mesma universidade de Cido e se relaciona secretissimamente com ele. Mas como a relação é informal, Cido tem seus freelances, seus jobs sem nota. Sabe como é…

Cido divide um apartamento com dois amigos: Rafael e Bangu. Num dia desses, Cido estava em casa com a Kátia, que também estuda na mesma universidade. Tinham acabado de fazer uma transação de cromossomos quando toca o interfone. Cido se levanta para atender. Da cozinha ele escuta:

- Iara? Oi! Lembra de mim? Sobe ai! - diz Kátia acenando para Iara lá embaixo.

Se fosse um filme, a camera daria um zoom in rapidíssimo no rosto do Cido, causando bastante impacto e suspense. Cido não poderia deixar que Iara soubesse de Kátia nem Kátia de Iara. Cido atende o intefone e volta.
Kátia vira-se para Cido e diz:

- Olha só! A Iara tá ai embaixo? O que ela quer?
- Ela veio pegar um livro. – responde Cido indo em direção a Rafael.
- Rafa, quebra um galho. Depois te explico. Vai até meu carro agora com a Iara e dá o livro que tá no banco de trás a ela. – diz baixinho, escodidamente.
- Ok. – sai Rafael em direção a Iara e o carro sem entender muita coisa.

Rapidamente ele arma um plano. Pega o celular e simula atender uma ligação.

- Alô?
Silêncio.
- Beleza.
Silêncio.
- Sim. Tem razão. Puta mancada.
Silêncio
- Pode crer. Tinha me esquecido!
Silêncio
- Não! Pode deixar! To indo ài agora mesmo!
Silêncio
- To indo.
Silêncio
- Um abraço! Falou!

Na seqüência, desliga o celular desligado e fala para Kátia:

- Puta merda meu! Era o Cris.
- Que tem? – disse a Kátia.
- Esqueci que tinha de levar uns livros pra ele. Merda. To indo pra lá agora. Tudo bem por você, né?
- Certamente! Mas quanto livro, hein? – meio sem opção, respondeu ela.
- Foda.

Kátia pega sua bolsa para ir embora, enquanto Cido vai até o quarto avisar Bangu que não saia do quarto em hipótese alguma. Bangu também obedece sem entender coisa alguma. Pseudo-autoridade. Sabe como é…

Kátia vai embora e algum tempo depois Iara volta, mas dessa vez ela sobe.

- Oi Cido. Tudo bem?
- Tudo e você?
- Tudo. Nossa! O que a Kátia estava fazendo aqui?
- A Kátia? Ah! Ela está lá no quarto com o Bangu.
- Com o Bangu?
- É. Com o Bangu.
- Nossa! Mas.... onde eles se conheceram?
- Sabe como é… essas festas de faculdade…
- É… sei... - responde Iara um pouco perplexa, porém convencida.

Cido passou o resto da noite com a Iara.

Dia seguinte Cido está chegando a aula, e na porta da sala encontra Kátia encostada.

- Oi Cido.
- Oi Kátia, beleza?
- Tudo bem. Nossa! O que a Iara foi fazer na sua casa ontem?
- Foi pegar um livro que estava com o Rafael.
- Mas a hora que eu estava indo embora eu a vi voltando e subindo.
- Então... ela e o Bangu…
- O Bangu?
- É.
- Onde eles se conheceram?
- Sabe como é… essas festas de faculdade…

terça-feira, agosto 23, 2005

Louis


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sexta-feira, agosto 19, 2005

Amandavid 2.0


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quarta-feira, agosto 17, 2005

Desenhando Amanda


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quinta-feira, agosto 11, 2005

Aprendo mais com os outros animais.

Parece-me que o Homem está condenado ao fracasso, e quando me refiro a “Homem”, certamente sugiro a espécie humana. Particularmente o macho do Homem sucumbrá primeiro, creio. Mas antes rápidamente darei um leve embasamento.
Qualquer um que analise de fato o comportamento animal, ainda que seja pelo Animal Planet, de uma forma bem precária e amadora, conseguirá perceber a semelhança entre o homem e os seus primos mamíferos. Suas relações sociais, seu convívio com a família, os filhotes, as fêmeas, seu território, alimento, camuflagem, esconderijo. São semelhantes em praticamente todos os aspectos.
As formigas são divididas por tamanho no grupo. As maiores saem em busca de alimento. As de tamanho medio ficam dentro tomando os cuidados de cultivo. Sim. As formigas são agricultoras. As menores, cuidam da colheita.
Os animais só atacam quando se sentem ameaçados, ou em busca de comida. Os animais aprendem por repetição através de recompensa e fracasso. Com um pouco de conhecimento em psicologia, é fácil notar-nos neles.
Somos iguais a todos eles. Cada um em sua singularidade. Poderia ficar aqui citando características e mais características, mas não vem ao caso. Somos, de fato, animais e com as mesmas funções de todos os outros. Ecossistema. Nesse bojo, a capacidade intelectual e criativa do homem perde total valor de comparação. A mente humana só faz com que as coisas do mundo sejam diferentes, mas sem função específica. Sem melhoria aparente. Sua racionalidade não o difere em absolutamente nenhum critério das outras espécies de vida do planeta.
É nesse ponto que retomo o assunto inicial. O homem que sucumbe antes da mulher.
Depois dessa análise rápida do Homem como ser natural, e toda a estrutura social dos animais e seu comportamento, embasadamente afirma-se que nas sociedades animais, as fêmeas são responsáveis por várias tarefas: alimentar a família, criar educar e manter saudáveis seus filhotes e cuidar para mantê-los longe do perigo. Copular com o macho e dar filhotes a ele.
A função do macho é manter a hierarquia, proteger o bando de invasores e inimigos, e copular com a fêmea, sendo assim, responsável pela perpetuação da espécie.
As mulheres já não precisam mais dessa proteção. O poder está em outros valores, não apenas na força bruta. Se comparados aos outros animais, o homem é o menos agressivo, salvo as exceções.
Eu também nao preciso ficar dizendo quais as maiores qualidades das mulheres e as razões que me levaram crer que ela é muito melhor preparada que o homem para sobreviver no mundo contemporâneo. A sensibilidade e determinação da mulher são peças-chave que a diferenciam.
Num futuro não muito distante, geneticamente controlado, a unica função restante para o macho (a reprodução) não terá mais utilidade.
A mulher vem conquistando não só seu espaço. Ela vem conquistando o mundo.
Isso a mim nada interfere, na verdade. Tenho uns quarenta, com sorte (ou azar) uns 50 anos mais. Pouco tempo para ver tudo isso.
Não é uma visão pessimista, otimista, ou uma “voyage from Hukxley”. É uma realidade explícita.
Talvez seja apenas a minha forma anti-aristotélica de ver um mundo perfeito. Ainda que pra isso tenhamos que dissiminar o homem e esperar uns milhares de anos mais.

terça-feira, agosto 09, 2005

Adoro cor-de-rosa


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